sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Obesidade:mal do século XXI

Obesidade foi considerada pela Organização Mundial de Saúde uma epidemia mundial. Segundo a OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde), a obesidade na faixa etária de crianças e adolescentes cresceu sem precedentes nos últimos anos, sendo mais frequente que a desnutrição.

Obesidade é uma doença crônica, ou seja, se adquire ao longo da vida, e esta relacionada a influencias internas como genética, pessoais como problemas psicológicos, depressão, comportamentos ou mesmo a fatores externos como clima e ambiente onde o individuo vive e a sociedade onde esta inserido. A obesidade é estabelecida no organismo pelo acumulo de gordura através do tecido adiposo do individuo, que por sua vez está diretamente ligado ao aumento da ingestão de alimentos com um gasto energético menor, assim o organismo armazena energia em forma de gordura, aumentando assim a massa de tecido adiposo.

A partir do cálculo do IMC(Índice de Massa Corporal), pode-se considerar, com base no resultado pessoal comparado com uma tabela padrão, se a pessoa é ou não obeso e qual é o seu tipo ou nível de obesidade. Uma pessoa considerada obesa deve ter no mínimo 20% a mais do que o recomendado para sua altura. O calculo do IMC é feito pela seguinte formula:

IMC = Peso (kg) / Altura2 (m2)

A obesidade como doençao crônica pode ser prevenida pela ingestão de uma dieta adequada desde a infância, junto com o hábito de praticar regularmente atividades físicas que deve ser cultivado desde quando o individuo é jovem e manter também a estrutura familiar e pessoal para evitar alterações no organismo.

Histologia do Tecido Adiposo

Tecido adiposo é uma variedade do tecido conjuntivo, onde suas células específicas tem a capacidade de armazenar energia em forma de gordura no seu citoplasma. Essas células são denominadas adipócitos e podem ser encontradas isoladamente ou em aglomerados,formando assim o tecido, sem limite físico, com adaptação rápida. São presentes no tecido adiposo não somente os adipócitos, mas também macrófagos, fibroblastos e pré-adipócitos.
Sua principal função é,assim como dito anteriormente, o armazenamento de gordura com a finalidade de reserva energética, além de também de ter funcionalidade como isolante térmico e ainda ser uma camada protetora dos órgãos internos contra choques mecânicos, uma vez que está presente na derme formando a hipoderme.
Outra característica do tecido adiposo com pouca ênfase popular, é que este tecido também tem a capacidade de produzir hormônios como a leptina, que quando presente em excesso envia "mensagens" ao cérebro para que reduza o apetite do indivíduo. A obesidade pode estar relacionada ao não reconhecimento dos estímulos provocados pela leptina ou pela má secreção ao baixa produção deste hormônio. É também secretor de enzimas e peptídeos bioativos com ação local e a distância.
Quando o animal possue um gasto energético menor que o seu valor energético total, o organismo começa a armazenar o que "sobra" de energia em forma de gordura no seu tecido adiposo, podendo levar esse indivíduo a um excesso de peso. Este excesso de peso pode causar complicações morfofuncionais e resultar em patologias que afetem diretamente órgãos essenciais para a vida do indivíduo, como coração, rins e pulmões por exemplo.
O tecido adiposo é encontrado no organismos em duas formas: tecido adiposo branco ou unilocular, e tecido adiposo pardo/marrom ou multilocular (pouco encontrado em humanos e altamente presente em ratos - por exemplo e animais que hibernam).
O tecido adiposo branco/unilocular possui células em formato esférico, com muita lípideo armazenado no seu interior. Há neste tecido uma grande vascularização e também, em torno de suas células, redes de fibras reticulares, sustentando a massa de gordura. Este tipo forma os panículos adiposos (absorção de impactos e isolante térmico).
Por sua vez, o tecido adiposo marrom/multilocular tem suas células menores que as do tecido adiposo branco e nelas há vacúolos(gotículas de gordura) espalhados pelo citoplasma,e é rico em mitocôndrias. Nos seres humanos tem maior importância nos recém-nascidos, com função de isolante térmico, sendo produzidos apenas no período fetal, e com produção inibida a partir do nascimento ou período pós-natal. Sua coloração castanhas é devido a vascularização e a abundante presença de mitocôndrias, que geram energia mais rápido que o tecido unilocular.