segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Pesquisa relaciona obesidade e envelhevimento mental



Estudos relacionados a obesidade e a área cognitiva trazem esperança de uma possível prevenção do envelhecimento mental. Um estudo feito por pesquisadores franceses , publicado na revista científica "Neurology", verificou que pessoas saudáveis, mas que estão acima do peso, têm mais dificuldade em recordar palavras. Isso demonstra que a obesidade pode ter efeito negativo na memória.

Estudos anteriores já haviam sugerido a relação existente entre obesidade e demência senil. Mas neste estudo mais recente os pesquisadores observaram uma forte relação entre o excesso de peso e algumas capacidades cognitivas num estágio mais precoce, numa população adulta de meia idade e em boas condições de saúde, por meio de testes que compararam o desempenho intelectual de pessoas com excesso de peso e peso normal.
Os pesquisadores fizeram uma coleta de dados ( como parte do estudo Visat – envelhecimento, saúde, trabalho)de 1996 a 2001, na qual analisaram o IMC, e o desemprenho em testes de memória, atenção e velocidade de tratamento das informações numa população de 2.223 homens e mulheres de 32 a 62 anos, com boa saúde.

Como já foi escrito no blog, o IMC (peso/altura²)é considerado “normal” quando oscila entre 18,5 e 24,9, e revela obesidade quando está acima de 30.
Durante os testes, num total de 16 palavras as pessoas com IMC igual a 20 lembravam em média de 9 palavras, enquanto aquelas cujo IMC era igual a 30 lembravam-se em média de 7 palavras. Logo, as performances das pessoas com índice de massa corporal elevado foram inferiores às dos indivíduos com IMC considerado normal. o excesso de peso ou a obesidade pareciam estar associados a uma leve diminuição da memória em 5 anos.

Segundo os pesquisadores a associação entre obesidade e habilidades intelectuais "poderia ser explicada pela ação de substâncias secretadas pelas células adiposas sobre o tecido neuronal ou pelas conseqüências vasculares da obesidade, já verificadas em algumas demências". Mas dizem que esses resultados precisam ser estudados a longo prazo.

Por fim, agir precocemente sobre os diferentes fatores desregulação do comportamento alimentar e do metabolismo poderá ser uma alternativa para se prevenir o envelhecimento mental.
Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia

sábado, 28 de novembro de 2009

Obesidade na infância e adolescência e suas consequências



Nos últimos 20 anos no Brasil aumento em 240% o numero de crianças e adolescentes obesos. Segundo uma pesquisa realizada pela Força Tarefa Latino-Americana de Obesidade, entidade que reúne as principais sociedades de combate ao excesso de peso na região, são 70 milhões de pessoas acima do peso.
Esse índice aumentado de obesos ou indivíduos com sobre peso acarreta em um aumento de despesas publicas com o tratamento d doenças decorrentes desse acumulo de gordura como AVC, ateroscleroses entre outras doenças. Sendo este gasto calculado em aproximadamente 1,5 milhões de reais que são tirados dos cofres públicos para o tratamento dos casos anteriormente descritos.

Consequências da obesidade infanto-juvenil:
A mais séria consequência ao excesso de peso na infância e adolescência é a progressiva incidência de obesidade na vida adulta. Estatísticas demonstram que crianças e adolescentes obesos serão candidatos à obesidade na vida adulta em proporção superior a 50%, isto é, cerca de metade dos obesos infanto-juvenis terão que lutar contra o excesso de peso durante a vida adulta.
Além disso, as crianças e adolescentes que ultrapassam a barreira de um Índice de Massa Corporal superior a 95% são considerados como candidatos às mesmas comorbidades que os adultos - alterações nas articulações (principalmente joelho e coluna), pedras na vesícula, alterações nas gorduras do sangue (colesterol elevado, HDL-colesterol (colesterol bom)) baixo e propensão para doenças coronarianas em idade relativamente jovem (30 - 40 anos).

Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/nutricao-homo-obesus/sem-categoria/obesidade-na-crianca-e-no-adolescente/

Reais causas da Obesidade e o Fator sedentarismo

A obesidade tem várias causas
O ser humano possui um complexo mecanismo controlador da Fome e da Saciedade que é estabelecido tanto na vida intrauterina como na fase pós-natal. Desde que haja aporte de suficiente de alimento na vida fetal este "termostato ou nutrostato" é perfeitamente regulado. Após ingerir comida suficiente - em qualidade e em quantidade - cessa o estímulo (fome) para continuar a refeição, estimulando-se a saciedade.
Na hipótese da criança, em gestação, receber poucos nutrientes vindos da mãe, passa a regular o seu "nutrostato" para a posição de fome continuamente. Terá alta probabilidade de ser obesa, na fase pós-nascimento, por ter fome constantemente. Na fase pós-natal o recém-nascido que foi amamentado por seis meses ou mais tem muito pouca chance de ser obeso comparativamente àqueles que não foram amamentados com leite materno. Fatores genéticos são importantes.
Muito recentemente verificou-se que boa parte das crianças obesas tem uma alteração em determinado gene (FTO = fator determinante de obesidade), que leva à fome compulsiva e predileção por alimentos de elevado teor calórico. O meio ambiente, é óbvio, tem um papel muito importante para que o gene se manifeste. Quando ambos os progenitores são gordos existe no ambiente doméstico uma valorização muito grande do fator "comida", quase sempre de elevado teor calórico. Frequentemente a família utiliza-se de fast-food, comidas pré-preparadas, refrigerantes, pipocas, salgadinhos, batatas fritas… Tudo isso acompanhado de horas de TV.
O fator sedentarismo
Há cerca de 30 ou 40 anos, a imensa maioria da garotada corria atrás de balões, jogava bola na rua ou em terrenos baldios, andava de bicicleta, empinava-se pipas, nadava nas piscinas, nos lagos, nos riachos. Hoje, após as aulas e os deveres escolares, a criança e o adolescente vão direto ao computador (se tiver), ou à televisão. Os jogos eletrônicos atraem a garotada como mel atrai moscas. Os jogos acoplados à tela fazem com que o adolescente fique horas e horas sentado, com o gasto energético mínimo.
Os aparelhos portáteis (game-boy, DS, PSP) levam o adolescente a deitar-se no sofá, onde, por horas a fio, afasta-se do mundo, hipnotizado pelo jogo eletrônico. Existe uma correlação nítida entre ganho de peso e tempo dedicado à televisão/jogos eletrônicos. Quanto maior o número de horas na tela, maior o ganho de peso.


fonte: http://veja.abril.com.br/blog/nutricao-homo-obesus/sem-categoria/obesidade-na-crianca-e-no-adolescente/

Obesidade mórbida


Obesidade mórbida:
É uma doença em que há excesso de energia armazenada sob forma de gordura. O parâmetro mais utilizado para mensuração da obesidade é o Índice de Massa Corporal (IMC). A obesidade é mórbida é estabelecida quando o IMC é superior a 40 kg/m2 A Obesidade Mórbida está associada com vários problemas médicos que atualmente são bem conhecidos. O aumento de peso está diretamente relacionado com um aumento da mortalidade. (em média 45kg acima do peso ideal). O excesso de peso decorrente de aumento da massa muscular ou edema (inchaço), não constituem obesidade

IMC (Índice de Massa Corporal) = Peso ( Kg )
Altura 2 ( m2 )

Escala de Peso (adultos) IMC (índice de massa corporal)
Abaixo do Peso abaixo de 18,5 kg/m2
Peso normal 18,5 a 24,9 kg/m2
Sobrepeso de 25 a 29,9 kg/m2
Obesidade média de 30 a 34,9 kg/m2
severa de 35 a 39,9 kg/m2
mórbida 40 kg/m2 ou mais
Super Obesidade 50 Kg/m2 ou mais

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Cirurgia Bariátrica



Cirurgia Bariátrica é uma cirurgia feita em obesos mórbidos com IMC maior ou igual a 40 quando nenhum outro tratamento deu certo. Existem três tipos: as dissabsortivas - têm o objetivo principal de diminuir a área de absorção dos alimentos; as restritivas - têm o objetivo de dificultar a entrada do alimento e a mista.
- Bypass Gástrico: é a técnica mais utilizada. Nela o estômago do paciente é reduzido para 20 ml assim impedindo-o de comer rápido e consequentemente ingerindo menos alimento. O intestino delgado também é modificado. A sua primeira parte, duodeno e jejuno proximal, é retirado, pois é ai que o alimento tem sua maior absorção. Com o caminho diminuído, o alimento logo chega ao íleo terminal que produzirá um hormônio que será levado pelo sangue até o cérebro (hipotálamo) dando a sensação de saciedade. Dessa forma o alimento não será a principal forma de prazer, pois o paciente não sentirá fome reduzindo a quantidade de alimento ingerido. O paciente perde cerca de 40 a 45% de peso e não tem muitos efeitos colaterais como diarréia e vômitos. Apesar de não apresentar esses efeitos colaterais, pode haver problemas como a anemia e a osteoporose e para reverter essa situação tem-se que ingerir vitaminas, ferro e minerais. Geralmente há uma melhora e até cura na diabete tipo 2 através do aumento na produção de insulina.
- Banda Gástrica Ajustável: é colocada uma cinta inflável ajustável em volta do estômago promovendo um estreitamento que dificulta a passagem do alimento. O paciente terá a sensação de saciedade pela sensação de estar “cheio”. Essa é uma técnica que precisa de bastante cuidado, pois nela o paciente não deixará de ter fome, os nutrientes continuam a ser absorvidos e não chega à parte do íleo terminal onde é produzido a hormônio da saciedade. Assim o paciente começa a se alimentar de alimentos fáceis de serem ingeridos como os carboidratos. Há cerca de 20% de perda de peso. Os efeitos colaterais apresentados são freqüentes vômitos, e esofagite de refluxo causado pelo refluxo de ácidos do estômago para o esôfago.
- Scopinaro e Duodenal Switch: são técnicas de dissabsoção. O objetivo é que o alimento passe por apenas 30% do tubo digestório. Nesse caminho há uma dificuldade de absorção de carboidratos e gorduras. As proteínas, como precisam passar apenas em 4m do intestino para ser absorvido, não são prejudicadas. Quando o paciente consome gordura, ele terá diarréia com fortes odores. O paciente perde cerca de 50% do peso. Os efeitos colaterais dessas técnicas são cirrose hepática e desnutrição.

http://www.francoerizzi.com.br/cirurgia_bariatrica.htm

Falência das células beta


Pessoas que desenvolvem a diabetes tipo 2 tem um quadro muito singular e pode ser descrito em algumas etapas. Este tipo de diabetes é desenvolvido geralmente em pessoas obesas e tem ampla relação com uma má alimentação.

No inicio a pessoa que possui uma ingestão de alimentos com alto índice glicêmico, tem um pico de glicemia e insulina relativamente alta. Com a contínua alta de glicemia, as células betas do pâncreas (ilhotas pancreáticas) têm sua demanda de atividade muito exigida para poder produzir insulina suficiente. O cérebro e o sistema nervoso parassimpático são também exigidos para compensarem a alta atividade pancreática. Pessoas com esse quadro permanente, desenvolvem a resistência à insulina, pois as células pancreáticas vão a falência por apoptose.

A alta taxa glicêmica e resistência à insulina são evidentes provas de uma possível diabetes do tipo 2. Pessoas que são diagnosticadas com esta doença têm de ter uma reeducação alimentar para controlar a quantidade de glicose livre no sangue.

Relação gasto/consumo de energia


A obesidade decorre da ingestão muito elevada de alimentos para a quantidade de exercício diário. É importante lembrar que a ingestão excessiva de energia ocorre apenas durante a fase de desenvolvimento da obesidade. Após a pessoa ficar obesa para que ela permaneça assim o aporte de energia poderá ser igual ao consumo energético. ( por isso muitas vezes você verá uma pessoa obesa que come o mesmo tanto que uma pessoa não obesa, levando em consideração o conteúdo energético. Assim, para reverter a situação, o gasto energético deverá ser maior que o consumo.
O aumento mais acentuado que ocorre na utilização dos lipídios talvez seja o observado durante EXERCÍCIOS VIGOROSOS. Isso decorre da liberação rápida de EPINEFRINA e NOREPINEFRINA durante o exercício como conseqüência da estimulação simpática. Esses dois hormônios ativam a Lipase triglicerídia sensível a hormônios, que está presente em abundância nas células adiposas. Essa enzima ativada causa, então, a rápida decomposição dos triglicerídeos e o aumento da concentração dos ácido graxos.
Obs: em condições normais a intensidade da ingestão é regulada proporcionalmente às reservas corporais de nutrientes.

sábado, 7 de novembro de 2009

Bioquímica na produção dos hormônios tireoidianos

A tireóide é uma glândula que se localiza na região do pescoço, e é formada por uma grande quantidade de células foliculares. Estas, produzem e armazenam dois importantes hormônios reguladores do metabolismo celular: a tiroxina (T4) e a triiodotironina (T3). Para a produção destes hormônios, as células foliculares sintetizam uma proteína chamada tireoglobulina (composta por uma cadeia de aminoácidos tirosina) que precisa se ligar ao íon iodeto – entrada do íon nas células feito por transporte ativo através da bomba de iodeto. A enzima peroxidase presente nas células foliculares transforma o íon iodeto no iodo em sua forma elementar, para que este possa ser utilizado para ligação com a cadeia de tirosina. Cada molécula de tireoglobulina carrega, portanto, vários radicais tirosina impregnados com molécula de iodo. Dois radicais tirosina, ligados entre sí, com 2 íons iodetos em cada uma de suas moléculas, reagem-se entre sí formando uma molécula de tiroxina (T4); 2 radicais tirosina, ligados entre sí, sendo um com 2 íons iodeto e outro com apenas 1 íon iodeto, reagem-se também entre sí formando uma molécula de triiodotironina (T3).



A tireoglobulina, com os hormônios já sintetizados, sofre pinocitose e ação de enzimas proteolíticas, que a fragmenta e faz com que os hormônios T3 e T4 sejam liberados no citoplasma e após na circulação, atingindo as células onde irão atuar. Sob esse estímulo hormonal, as células do corpo aumentam seu trabalho, sintetizam mais proteínas, consomem mais nutrientes e oxigênio, produzem mais gaz carbônico, etc. O hipertioreoidismo e o hipotireoidismo atingem praticamente todos os tecidos do organismo, fazendo com que haja sérios efeitos em cada um deles. Para o hipertireoidismo, temos como exemplo:
- Ansiedade, cansaço ou insônia.
- Tremores.
- Aumento da sudação.
- Falta de fôlego (falta de ar).
- Dificuldade em enxergar com nitidez.
- Diminuição do peso.
- Inchação da glândula tireóide (bócio).
- Intolerância ao calor.
- Taquicardia.
- Aumento do apetite.
- Diarréia.
Para o hipotireoidismo:
- fraqueza e cansaço,
- intolerância ao frio,
- intestino preso,
- ganho de peso,
- depressão,
- dor muscular e nas articulações,
- unhas finas e quebradiças,
- enfraquecimento do cabelo,
-palidez.
A secreção dos hormônios tireoideanos é controlada pelo hormônio hipofisário tireotropina (TSH): Um aumento na liberação de TSH pela adeno-hipófise atua para maior captação dos íons iodeto, promovendo mais síntese de T3 e T4. A secreção de TSH, por sua vez, é estimulada pelo fator de liberação da tireotropina (TRF), produzida pelo hipotálamo. “Ocorre um mecanismo de feed-back negativo no controle de secreção dos hormônios tireoideanos: na medida em que ocorre um aumento na secreção dos hormônios T3 e T4, o metabolismo celular aumenta. Este aumento promove, a nível de hipotálamo, redução na secreção de TRF, o que provoca, como consequência, uma redução na secreção de TSH pela adeno-hipófise e, consequentemente, redução de T3 e T4 pela tireóide, reduzindo o metabolismo basal celular” (
http://www.geocities.com/).

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Obesidade:mal do século XXI

Obesidade foi considerada pela Organização Mundial de Saúde uma epidemia mundial. Segundo a OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde), a obesidade na faixa etária de crianças e adolescentes cresceu sem precedentes nos últimos anos, sendo mais frequente que a desnutrição.

Obesidade é uma doença crônica, ou seja, se adquire ao longo da vida, e esta relacionada a influencias internas como genética, pessoais como problemas psicológicos, depressão, comportamentos ou mesmo a fatores externos como clima e ambiente onde o individuo vive e a sociedade onde esta inserido. A obesidade é estabelecida no organismo pelo acumulo de gordura através do tecido adiposo do individuo, que por sua vez está diretamente ligado ao aumento da ingestão de alimentos com um gasto energético menor, assim o organismo armazena energia em forma de gordura, aumentando assim a massa de tecido adiposo.

A partir do cálculo do IMC(Índice de Massa Corporal), pode-se considerar, com base no resultado pessoal comparado com uma tabela padrão, se a pessoa é ou não obeso e qual é o seu tipo ou nível de obesidade. Uma pessoa considerada obesa deve ter no mínimo 20% a mais do que o recomendado para sua altura. O calculo do IMC é feito pela seguinte formula:

IMC = Peso (kg) / Altura2 (m2)

A obesidade como doençao crônica pode ser prevenida pela ingestão de uma dieta adequada desde a infância, junto com o hábito de praticar regularmente atividades físicas que deve ser cultivado desde quando o individuo é jovem e manter também a estrutura familiar e pessoal para evitar alterações no organismo.

Histologia do Tecido Adiposo

Tecido adiposo é uma variedade do tecido conjuntivo, onde suas células específicas tem a capacidade de armazenar energia em forma de gordura no seu citoplasma. Essas células são denominadas adipócitos e podem ser encontradas isoladamente ou em aglomerados,formando assim o tecido, sem limite físico, com adaptação rápida. São presentes no tecido adiposo não somente os adipócitos, mas também macrófagos, fibroblastos e pré-adipócitos.
Sua principal função é,assim como dito anteriormente, o armazenamento de gordura com a finalidade de reserva energética, além de também de ter funcionalidade como isolante térmico e ainda ser uma camada protetora dos órgãos internos contra choques mecânicos, uma vez que está presente na derme formando a hipoderme.
Outra característica do tecido adiposo com pouca ênfase popular, é que este tecido também tem a capacidade de produzir hormônios como a leptina, que quando presente em excesso envia "mensagens" ao cérebro para que reduza o apetite do indivíduo. A obesidade pode estar relacionada ao não reconhecimento dos estímulos provocados pela leptina ou pela má secreção ao baixa produção deste hormônio. É também secretor de enzimas e peptídeos bioativos com ação local e a distância.
Quando o animal possue um gasto energético menor que o seu valor energético total, o organismo começa a armazenar o que "sobra" de energia em forma de gordura no seu tecido adiposo, podendo levar esse indivíduo a um excesso de peso. Este excesso de peso pode causar complicações morfofuncionais e resultar em patologias que afetem diretamente órgãos essenciais para a vida do indivíduo, como coração, rins e pulmões por exemplo.
O tecido adiposo é encontrado no organismos em duas formas: tecido adiposo branco ou unilocular, e tecido adiposo pardo/marrom ou multilocular (pouco encontrado em humanos e altamente presente em ratos - por exemplo e animais que hibernam).
O tecido adiposo branco/unilocular possui células em formato esférico, com muita lípideo armazenado no seu interior. Há neste tecido uma grande vascularização e também, em torno de suas células, redes de fibras reticulares, sustentando a massa de gordura. Este tipo forma os panículos adiposos (absorção de impactos e isolante térmico).
Por sua vez, o tecido adiposo marrom/multilocular tem suas células menores que as do tecido adiposo branco e nelas há vacúolos(gotículas de gordura) espalhados pelo citoplasma,e é rico em mitocôndrias. Nos seres humanos tem maior importância nos recém-nascidos, com função de isolante térmico, sendo produzidos apenas no período fetal, e com produção inibida a partir do nascimento ou período pós-natal. Sua coloração castanhas é devido a vascularização e a abundante presença de mitocôndrias, que geram energia mais rápido que o tecido unilocular.

domingo, 1 de novembro de 2009

Dietas hipocalóricas com redução de macronutrientes

Muito se ouve, hoje em dia, sobre algumas dietas hipocalóricas que fazem as pessoas emagrecerem com muita rapidez. Para tanto essas dietas são prejudiciais à saúde, pois, muitas delas, fazem com que um macronutriente necessário para os metabolismos do corpo esteja deficiente. Como exemplo, temos as dietas pobres em carboidrato: a dieta do Dr. Atkins, do princípio de Schwarzbein, do ponto Z e de South Beach.
- Dieta de Atkins: È uma dieta dividida em quatro partes: a primeira, chamada indução, é a principal. Reduz drasticamente a quantidade de carboidrato para 20g diárias que devem ser ingeridas de vegetais e saladas. Nessa fase a perda de peso é muito grande podendo estimular a pessoa a continuar com a dieta; dura 14 dias. Antes de ir para a segunda, chamada perda de peso contínua, seria necessário fazer exames laboratoriais para a análise do perfil lipídico, assim se fosse observado o aumento do colesterol total e do LDL, teria que haver a substituição da gordura saturada pela insaturada. Nessa fase a quantidade de carboidrato já aumenta para 30g diárias, o que ainda continua muito abaixo do normal. Na terceira fase, chamada pré-manutenção, o indivíduo pode reduzir ou manter o peso e a quantidade de carboidrato sobe para 45g diárias. Na última fase, a manutenção, a quantidade de carboidrato pode chegar à até 60g diárias dependendo do indivíduo. Nessa fase a parte importante é a manutenção do peso. Se ultrapassar 2,5 kg a dieta deve ser reiniciada. A quantidade de carboidrato é diminuída, pois, o carboidrato é considerado um vilão, por, favorecer a produção de insulina que inibe a lipólise favorecendo um aumento da quantidade de gordura (triacilglicerol) e a retenção de água.
-Dieta do princípio de Schwarzbein: é uma dieta com baixas quantidades de carboidratos e altas de proteínas. De acordo com a endocrinologista Schwarzbein, essa dosagem controla a insulina. Altos níveis de insulina fazem com que várias doenças ocorram além de pararem o metabolismo e acelerarem o processo de envelhecimento. Ela monta um cardápio com quantidades certas de consumo de cada macronutrientes (proteínas, lipídeos e carboidratos) assim equilibrando os sistemas hormonais do corpo.
-Dieta do ponto Z: de acordo com o fundador do ponto Z, o Dr. Sears, a ingestão de 40% de carboidratos, 30% de proteínas e 30% de gordura é suficiente para se manter uma vida saudável e perder peso. Diz que com essa dieta se queima gordura além de ajudar a combater doenças cardíacas, diabetes entre outras coisas. Recomenda 5 refeições diárias. Geralmente a dieta fornece 800 a 1200 kcal diários.
-Dieta de South Beach: Agatston, cardiologista que desenvolveu essa dieta, culpa os carboidratos de estimularem a compulsão alimentar e controlando essa compulsão virá a perda de peso. Então na sua dieta há três fases. A primeira elimina a quantidade de carboidratos da dieta assim purificando o corpo. Dura duas semanas. Na segunda fase, já é permitido pequenas quantidades de carboidratos, observando o peso e como a pessoa se sente. Os carboidratos liberados nessa fase são os com baixo índice glicêmico (grãos integrais, iogurte integral e algumas frutas). Quando o peso desejado for alcançado, à terceira fase, manutenção de peso, pode entrar em ação. Nela são liberados alguns alimentos, mas se houver um aumento de peso deve-se reiniciar a dieta.

A perda de peso adquirida nessas dietas vem do fato de o corpo não está recebendo fontes suficientes de energia que são os carboidratos. Então, o metabolismo começa a degradar os ácidos graxos (gordura) presente no corpo obtendo-se energia e sendo eliminados pela urina. Além de decompor a gordura, decompõem-se também os músculos que leva à perda de água. Assim muito do peso perdido é água e tecido muscular. Os efeitos colaterais que podem ser causadas por essas dietas são: náuseas, dores de cabeça, mau hálito causado pelo acúmulo de cetonas no corpo, fadiga. Com o tempo pode-se causar descalcificação dos ossos e sobrecarga no fígado e rins pela alta ingestão de proteínas.
Falando um pouco mais sobre a bioquímica, os corpos cetônicos que causam o mau hálito são elevados nessas dietas, pois a degradação de triacilgliceróis (gordura) não é acompanhada pela degradação de carboidratos. Na ausência de carboidrato há uma queda na produção de piruvato que irá se converter a oxaloacetato. Assim o organismo lança mão da gliconeogênese (formação de glicose) que consome o oxaloacetado obtido de aminiácidos. Com isso a oxidação do acetil-CoA (resultado da oxidação da forma ativa dos ácidos graxos que é o acil-CoA) pelo ciclo de Krebs fica impedida. Acumula-se então esse composto que se condensa formando os corpos cetônicos.
A melhor maneira para se tratar da obesidade com saúde é seguir uma rotina alimentar e física. A reeducação alimentar e o exercício físico fazem parte dessa rotina, pois, são os principais fatores que devem ser considerados para combater essa doença.


Referências:
http://www.abeso.org.br/revista/revista7/dieta.htm
http://saude.hsw.uol.com.br/como-perder-peso-com-uma-dieta-de-baixos-carboidratos.htm

Sono e a obesidade



Atualmente, estudos têm sido realizados para tentar desvendar a ligação que existe entre a obesidade e o sono. Uma das conclusões que parecem mais coesas é a de que a diminuição do tempo de sono modifica os padrões endócrinos de um indivíduo.
Endocrinologicamente é correto dizer que a redução do tempo de dormir aumenta os níveis de grelina circulante e diminui a concentração de leptina. Essa disfunção hormonal sinaliza ao corpo que há uma diminuição da saciedade e, conseqüentemente, um aumento da fome. As escolhas alimentares também são modificadas, e geralmente alimentos mais calóricos são escolhidos.

A alimentação de pessoas com baixos níveis de sono tem uma tendência a priorizar o consumo de carboidratos e diminuir a ingestão de proteínas. Biscoitos, massas, doces e salgados têm uma marcante presença nos cardápios destes indivíduos.
Outra evidência que foi constatada nos estudos revela que o maior tempo acordado leva a um aumento da sonolência, cansaço e inapetência. Estes resultados têm de ser comparados com os níveis de atividade física os quais, na maioria das vezes, é baixo ou inexistente.
(Imagem do site http://www.rgnutri.com.br/)
A pesquisa pela busca da relação entre a obesidade e o sono é muito recente, por isso muitos estudos ainda tem de ser realizados. Porém pode-se concluir que um tempo adequado de sono e uma alimentação saudável são, sem dúvida, maneiras corretas de se buscar uma melhor qualidade de vida.





Curiosidade


Um estudo realizado na Universidade de Alberta teve uma curiosidade revelada durante seus experimentos. Pesquisadores utilizaram um grupo de ratos como cobaias. Divididos em dois grupos (jovens e adultos) os ratos foram submetidos a dietas hipocalóricas, ou seja, os alimentos que tinham alto teor calórico foram substituídos por alimentos de versão “diet.”.O grupo jovem começou a ingerir uma quantidade de alimentos maior do que consumiam em suas refeições normais. O grupo de adultos continuou consumindo a mesma quantidade de alimentos que era consumido antes.Os pesquisadores concluíram que os jovens adquiriram a capacidade de relacionar o alimento ingerido com a quantidade de calorias presentes, portanto se alimentavam mais para suprir suas necessidades energéticas. Os ratos adultos tinham a capacidade de relacionar a quantidade de alimentos ingerida com o valor teórico de calorias presentes, logo, consumiam apenas o necessário para suprir a fome.Por associação, os cientistas chegaram à conclusão de que a refeição de crianças deve ser equilibrada para manter suas necessidades diárias. Comidas com alto valor biológico e nutricional são fundamentais na alimentação de crianças, junto com atividades físicas.