quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Antipsicóticos e Obesidade- Notícia do Correio Brasiliense

Ultimamente temos visto variadas notícias e informações que envolvem o tema obesidade na TV, no rádio, em propagandas e jornais. Tal assunto tem preocupado pessoas do mundo todo, pois o número de obesos tem aumentado em grande proporção crescendo, concomitantemente, o número de doenças relacionadas.
No correio Brasiliense de ontem (28 de outubro de 2009) Saiu uma reportagem sobre “Os riscos dos antipsicóticos em jovens” com o seguinte comentário: “Pesquisa revela que remédios para distúrbios mentais podem provocar alterações metabólicas severas, como ganho de peso e aumento do colesterol, em crianças e adolescentes”. Aqui estão algumas informações sobre esta reportagem que considerei relevante para o blog Bioquímica da Obesidade:
O antipsicóticos, que são usados para o tratamento de distúrbios mentais, podem causar doenças graves em crianças e adolescentes. Um estudo veiculado ontem pelo “Jornal of the American Medical Association” constatou que, assim como ocorre com adultos, os pacientes jovens medicados com essas drogas ganham rapidamente peso e massa gorda, além de sofrer uma série de alterações metabólicas, como aumento do colesterol e diminuição da insulina.
A pesquisa foi liderada pelo psiquiatra Christoph U. Correl, do Zucker Hillside Hospital, em Nova York. Ele acompanhou 505 pacientes de 4 a 19 anos (que tomavam antipsicóticos a menos de uma semana) do ano 2001 a 2007, analisando assim os efeitos dessas drogas.
O ganho inapropriado de peso, obesidade, hipertensão e anomalias na glicose e nos lipídeos são problemática no período de crescimento, porque predeterminam a OBESIDADE na idade adulta, além da SÍNDROME METABÓLICA e outros problemas como morbidades cardiovasculares.

A reportagem diz: “Além do peso, o estudo verificou, depois de 12 semanas de ingestão dos medicamentos, as diferenças nas taxas metabólicas e comparou os dados com os de um grupo de crianças e adolescentes que não tomaram os remédios”
As tabelas abaixo constam também no jornal (com algumas modificações):

Obs: Depois de 12 semanas:
*o ganho de peso nos jovens que tomaram Olanzapina foi o mais alto. Eles ficaram 8,54Kg mais gordos, enquanto os que não recebberam tratamento tiveram um aumento de 0,19Kg.
Tais substâncias também proporcionaram um aumento da circunferência abdominal é utilizado para se analisar a predisposição que uma pessoa tem a várias doenças, como a hipertensão.
*droga que causa maiores danos a saúde: Olanzapina
droga que causa menores danos a saúde: Aripiprazol


O gráfico abaixo mostra a variação da glicose, insulina, colesterol total e triglicerídeos em Mg/dL:

Analisando tais resultados, o diretor clínico do Seattle Children’s Hospital, Christopher Varley diz ser necessária uma dieta ou mesmo medicamento para diminuir a tendência de ganho de peso. Alguns médicos alertam para a impotância do exercícios físico para ajudar a reverter os efeitos do aumento de peso e gordura localizada.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Insulina - o que pode-se dizer sobre a Diabetes




Falando um pouco sobre alguns hormônios relacionados à obesidade, temos a Insulina, um hormônio produzido no interior do pâncreas (figura 1 -
http://www.medicinageriatrica.com.br/2008/07/01/saude-geriatria/insulina-producao-e-acoes/) e que é responsável por regular a quantidade de glicose presente fora e dentro do organismo. Um diabético, por exemplo, possui deficiência nesse hormônio, sendo que a glicose não consegue penetrar nas células, ficando pela circulação. A Insulina também atinge outras áreas do corpo: influencia no armazenamento de glicose nas células musculares e do fígado, na síntese (formação) de triglicerídeos (gordura) no tecido adiposo, na captura para melhor absorção de aminoácidos, podendo até influenciar no DNA a favor do crescimento celular. Estudos recentes mostram que a insulina pode ser produzida por células da pele reprogramadas, pertencentes à pacientes de Diabetes tipo I. “O feito foi obtido por uma equipe liderada por Douglas Melton, do Instituto de Células-Tronco de Harvard, EUA. O grupo usou as chamadas células iPS, as células-tronco "éticas", cuja produção não demanda a destruição de embriões humanos. Melton e seus colegas extraíram células da pele de dois diabéticos e converteram-nas em células-tronco com a ajuda de três genes. As células resultantes, por sua vez, foram convertidas em células beta, do pâncreas", publica o site http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u617744.shtml. O sistema imunológico dos portadores de Diabetes tipo I, porém, rejeita e destrói essas células beta produtoras de insulina. Ninguém sabe ainda como e nem por quê isso acontece, mas já é um grande passo para se conhecer o porquê da rejeição às células pancreáticas. Outro ponto positivo, apesar da pouca eficiência nessa reprogramação das células iPS, é que essas capturam o genótipo da doença numa célula-tronco. São estudos ainda com longínqua conclusão, mas podem servir de importante ponto de partida para uma possível cura de alguns tipos da Diabetes, uma doença que pode ser causada ou causar a obesidade; estudos que serão publicados mais pra frente. Lembrando, que fatores genéticos transcricionais, bem como fatores ambientais relacionados ao estilo de vida das pessoas (obesidade, sedentarismo e infecções), provocam distúrbios na síntese deste hormônio, comprometendo o organismo e desregulando a taxa de glicose no sangue.

(célula da pele que, se reprogramada, pode virar uma célula-tronco)http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u617744.shtml.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Doenças relacionas à obesidade


O termo obesidade tem sido cada vez mais utilizado para se referir ao excesso de peso. Porém a obesidade é uma doença em que há um aumento excessivo do acúmulo de gordura levando o indivíduo a sérios problemas de saúde ou a morte. Embora seja uma doença individual, a discussão sobre obesidade já vem se tornando ampla dentro da saúde pública.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 115 milhões de pessoas sofrem com doenças relacionas obesidade nos países desenvolvidos. Denomina-se síndrome metabólica o conjunto de três ou mais doenças associadas à obesidade. O tratamento da síndrome metabólica é feito a partir da eliminação de peso, práticas de atividade física e, em alguns casos, com o uso de medicamentos.
As doenças mais conhecidas que são relacionadas com a obesidade são a diabetes mellitus(tipo 2), hipertensão arterial, acidente vascular cerebral, infarto do miocárdio, problemas respiratórios e morte prematura.
O indivíduo obeso tem uma probabilidade de desenvolver a diabetes três vezes maior que um indivíduo com peso normal. O aumento de açúcar no sangue promove, com o tempo, uma resistência das células a insulina, diminuindo a absorção da glicose. Estudos comprovam que o aumento da glicemia está diretamente relacionado com o aumento do IMC e a resistência a insulina.
A relação entre hipertensão e obesidade vem sendo estudada há muito tempo. Calcula-se que para cada kg ganho de peso a pressão arterial sistólica se eleva 1 mmHg. A hipertensão deve ser cuidada o mais rápido possível, pois a sobrecarga exigida do coração pode levar a morte, muitas vezes pelo infarto do miocárdio. Uma conseqüência grave que pode vir a ocorrer é o acidente vascular cerebral, em que na maioria dos casos deixa graves lesões irreparáveis no indivíduo.
Devido aos diversos riscos à saúde causados pela obesidade, cada vez mais, se observa à morte prematura de pessoas com excesso de peso. O sedentarismo é aliado ao desenvolvimento de doenças crônicas que levam a um estilo de vida mais lento. A falta de atividade física é um dos fatores que contribuem para o agravo destas doenças e, seguindo este caminho, a morte prematura.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Local mais propício para o acúmulo de gordura e alguns hormônios relacionados a obesidade


A atual abundância de comida tem estimulado muitas pessoas a comer mais do que necessitam, isso, em combinação com a redução nos níveis de atividades físicas, observada nas sociedades industrializadas, resultou em uma tendência para a deposição continuada de gordura. Pesquisas mostram que a obesidade em crianças triplicou nas últimas décadas e que há no mundo mais indivíduos obesos do que subnutridos . A Obesidade caracteriza-se por um acúmulo de excesso de gordura corporal, ela resulta de uma ingestão de energia que supera o gasto energético.

O depósito de gordura pode ser analisado bioquímicamente. As células adiposas abdominais são muito maiores e apresentam uma taxa de renovação de gordura mais alta que as células adiposas da região do quadril. Os adipócitos abdominais também respondem mais a hormônios do que células adiposas das pernas e nádegas. Substâncias liberadas a partir da gordura abdominal são absorvidas pela veia porta tendo assim acesso direto ao fígado.





POR FALAR EM HORMÔNIOS: alguns hormônios influenciam a obesidade. Um exemplo disso é a regulação do apetite, que é influenciado por sinais (aferentes) que chegam ao hipotálamo determinando a liberação de peptídeos hipotalâmicos e ativando sinais neurais como resposta (eferentes).
Hormônios do tecido adiposo
O tecido adiposo não serve apenas para armazenar gordura. Esta é a sua principal função, mas tal tecido funciona também como uma célula endócrina, que libera muitas moléculas regulatórias, tais como leptina, adiponectina e resistina.


Leptina




A Leptina é produzida proporcionalmente à massa do adipócito informando ao encéfalo sobre o nível dos depósitos de gordura. Ela é secretada pelos adipócitos e atua no hipotálamo, regulando a quantidade de gordura corporal por meio do controle do apetite e gasto de energia. A leptina é mais secretada quando a pessoa se alimenta e menos secretada quando em estado de jejum. O efeito da leptina em humanos é a diminuição do apetite e aumento da taxa metabólica. Ela pode aumentar a atividade do FSH e do LH.

Adiponectina

Resistina

Outros hormônios que influenciam a obesidade

Grelina - “é um peptídeo secretado principalmente pelo estômago. É o único hormônio estimulador do apetite conhecido. A injeção de grelina aumenta, a curto prazo, a ingestão de alimento em roedores e pode diminuir o gasto energético e o catabolismo de gorduras. Peptídeos liberados do intestino após a ingestão de uma refeição, como a colecistocinina, podem atuar como sinais de saciedade no encéfalo.

domingo, 18 de outubro de 2009

Obesidade

A obesidade é uma doença crônica causada pelo acúmulo excessivo de gordura no corpo. Ela é conseqüência do desequilíbrio de calorias que são ingeridas das que são gastas pelo indivíduo. O excesso de calorias adquiridas fica depositado numa parte do organismo onde forma-se uma grossa camada de gordura, dificultando o funcionamento de várias funções corpóreas. Vários fatores juntos contribuem para tal doença como: fatores genéticos, metabólicos, nutricionais, psicossociais e culturais. A globalização é um dos principais fatores que contribuem para a obesidade, pois, através dela a variedade de restaurantes e lanchonetes que oferecem comida prática e rápida é muito grande. Como o tempo de todos está muito corrido a opção por esse tipo de comida é o mais recorrente. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMC) a obesidade já atinge cerca de 7,0% da população mundial e o sobrepeso cerca de 14,0 á 20,0%. Apesar de em algumas sociedades ela ser considerada como símbolo de beleza e maternidade nas mulheres e sucesso econômica e força espiritual, nos homens, esses dados fornecidos pela OMS são preocupantes, pois, ela está associada a um grande número de doenças: as patologias cardiovasculares e cerebrovasculares, distúrbios metabólicos, diversos tipos de câncer entre outras. Assim temos que buscar meios de tentar diminuir esses dados. Isso ocorrerá através de uma alimentação balanceada que contenha os nutrientes necessários para o organismo, e atividade física diária.

Post de Boas-Vindas

Olá gente,
sejam muito bem-vindos ao nosso blog de Bioquimica da Obesidade!
Nele abordaremos informações sobre esse mal que afeta milhares de pessoas como: as causas da obesidade, os problemas que ela pode trazer para o organismo humano, as formas de desenvolvimento da doença, como combatê-la, os hormônios relacionados, entre outras coisas. Também mostraremos como calcular o Indice de Massa Corporal (IMC) para avaliar o nível de gordura de cada pessoa mostrando para tanto como deve ser o IMC de um indivíduo eutrófico. Mostraremos também como deve ser calculado o Peso Ideal e a quantidade de calorias ingeridas diariamente. Deixaremos também alguns sites disponíveis que poderão trazer muitas outras informações.
Nós achamos o conteúdo muito interessante e desde o início já tem nos acrescentado muito. As informações sobre o tema são essenciais para uma vida saudável e eutrófica, portanto, espero que vocês gostem e que as informações oferecidas ajudem ou acrescente algo na vida de vocês.
Abraços!