sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Adipocinas e Adiponectina
Adipocinas
*Sabe-se que o tecido adiposo é metabolicamente ativo. Dentre suas variadas funções ele desemprenha função endócrina, pois secreta substâncias hormonais que sinalizam o metabolismo e a inflamação, chamadas de adipocinas.
Essas moléculas regulatórias produzidas pelos adipócitos têm ações diversas, podendo ser agrupadas de acordo com a sua principal função em adipocinas com função:
# imunológica
# cardiovascular
# metabólica e
# endócrina.
Muitas delas regulam o próprio adipócito e outras têm seu alvo em tecidos distantes. Em 1994 foi descoberta a primeira delas, a leptina, mas atualmente foram descritas por volta de 50 adipocinas.
Em uma pessoa obesa, o tecido adiposo é maior, o que acarreta uma maior produção de adipocinas em geral, e esse aumento ocorre com o aumento da resistência à insulina e conseqüentemente com o aumento da glicemia. (Exceção: não há aumento da adiponectina e sim sua diminuição.)
Adiponectina
A adiponectina é um homônio peptídico. Ele é um tipo de adipocina que circula no sangue e afeta o metabolismo dos ác. Gaxos e dos carboidratos no fígado e no músculo. Este hormônio aumenta a captação dos ác. Graxos do sangue pelos miócitos e aumenta a velocidade da β oxidação nessas céluas.
Além disso, esse hormônio bloqueia síntese dos ác. Graxos e a gliconeogênese nos hepatócitos.
Esses efeitos ocorrem por meio da ativação da AMPK, que quando ativada fosforila muitas proteínas importantes para o metabolismo dos ác. Graxos e dos carboidratos com profundos efeitos no metabolismo.
Nos obesos a adiponectina se encontra diminuída e alguns estudos tem sido feitos para explicar esta redução. Essa diminuição do número de adiponectina é prejudicial ao organismo, pois esse hormônio está relacionado com o aumento da sensibilidade a insulina e atenua a progressão da aterosclerose
Alguns estudos feitos em ratos revelam a reversão da insulino-resistência com a administração de adiponectina, mostrando expectativas para uma futura utilização desta substância para tratamento da diabetes tipo 2
Insulina e Glucagon
Insulina e glucagon são hormônios peptídicos extremamente importantes para o metabolismo da glicose que são produzidos por grupamentos de células especializadas do pâncreas chamadas de Ilhotas Pancreáticas, também chamadas de ilhotas de Langerhans.
Cada tipo celular da ilhota produz um único hormônio:
as células α :glucagon;
as células β : insulina.
Glucagon e insulina têm atuação oposta no organismo.
Imediatamente após uma refeição rica em carboidratos, a glicose absorvida pelo sangue estimula o aumento da secreção de insulina. A insulina provoca a captação, o armazenamento e o uso rápido da glicose por quase todos os tecidos corporais, porém especialmente pelos músculos, tecido adiposo e o fígado.
Aqui vai um resuminho da atuação da insulina:
*Aumenta a captação de glicose pelas células promovendo o transporte da glicose através da membrana celular.
*diminui a concentração de glicose no sangue.
*inibe a utilização de ácidos graxos e estimula sua deposição no tecido adiposo.
*estimula, no fígado, a captação da glicose plasmática e sua conversão em glicogênio.
*inibe a utilização de ácidos graxos e estimula sua deposição no tecido adiposo.
*inibe a gliconeogênese , pois a insulina reduz a quantidade e a atividade das enzimas hepáticas necessárias à gliconeogênese.
**Quando não há carboidratos disponíveis na dieta a secreção de insulina diminui. A ausência de insulina ativa a lípase sensível a hormônios, ocasionando a mobilização rápida dos Ac. Graxos e sua metabolização
**Quando a quantidade de glicose que chega às células hepáticas é maior do que a que pode ser armazenada como glicogênio, a insulina promove a conversão de todo esse excesso de glicose em ácidos graxos. Esses ácidos graxos são em seguida embalados como triglicerídeos nas lipoproteínas de densidade muito baixa, transportados até o tecido adiposo e lá depositados como gordura.
Problema relacionado
Quando há muita glicose no sangue o pâncreas precisa porduzir um nível alto de insulina. Assim quanto maior o nível de glicose sanguínea mais o pancreas trabalha para produzir a insulina necessária.
O corpo humano reage ao aumento da produção de insulina com a diminuição do número de seus receptores; isso poderá provocar um caso de resistência à insulina.
Há um ponto em que o pâncreas não consegue mais aumentar a quantidade de insulina produzida; Ocorre uma lesão nas células β e o número de insulina decresce. Assim a pesso ficará em um quadro de baixa insulina e alta glicose sanguínea, surgindo assim a diabetes tipo 2.
Excreção da insulina
Quando a glicose no sangue aumenta, ela é tranportada pelo GLUT2 para o interior das células β, sendo imediatamente convertida a glicose-6-fosfato pela Glicoquinase e entra na glicólise. Em seguida Ciclo de Crebs e Fosforilação oxidativa. Isso resulta no aumenta da concentração de ATP causando o fechamento dos canais de K⁺, que são canais controlados pelo ATP na membrana plasmática. A redução do fluxo de saída do K⁺ despolariza a membrana, o que faz abrir os canais de Ca²⁺ que são sensíveis a variações de voltagens. A entrada do cálcio desencadeia a liberação da insulina por exocitose.
O Glucagon por sua vez é liberado quando a glicemia está baixa. Seu efeito mais importante é justamente de aumentar a concentração sanguínea de glicose pela decomposição do glicogênio hepático (glicogenólise)e aumento da gliconeogênese. (Ele tiva a enzima fosforilase, que fraciona as moléculas de glicogênio do fígado em moléculas de glicose, que passam para o sangue, elevando a glicemia)
OBS:Relação Adrenalina X insulina e glucagon
A expressão de adrenalina aumenta o nível de glucagon e reduz o de insulina, estimulando a produção dos combustíveis desestimulando o armazenamento. A adrenalina, primariamente, estimula a degradação de glicogênio hepático em glicose sanguínea.
Outras ações da adrenalina:
-Estimula a degradação anaeróbica do glicogênio do músculo.
-inibe a transformação da glicose em glicogênio
-estimula a formação da glicose a partir da gliconeogênese ( que utiliza como substrato AA, lactato e glicerol).
A adrenalina é liberada quando a pessoa faz exercício ou em momentos de risco. Assim, haverá uma maior quantidade disponível de combustível para o corpo nesse situação.
O mundo com obesidade
No mundo, é claro que a obesidade vem crescendo rapidamente. Porém o que pesquisadores vêm notando, cada vez mais, é que esta doença está aumentando principalmente nos países
Os Estados Unidos é o país que pode ser citado como uma cultura de má alimentação. Os fast foods são encontrados por toda parte, a alimentação não tem rigor nem disciplina e o tempo para cuidar da saúde é extremamente pequeno comparado com o tempo gasto no trabalho. Neste país, a obesidade já atingiu pelo menos 31% da população. Este índice é muito preocupante, pois os gastos com a saúde pública são cada vez maiores e as comorbidades que acompanham esta doença são freqüentemente diagnosticadas.
A OMS criou um termo para se referir a obesidade dos novos tempos. "Globesidade" é uma palavra que têm como significado a obesidade que se encontra por todo o mundo, a obesidade que se adquire com o desenvolvimento, a obesidade intrínseca à sociedade.
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Alimentação Saudável
Depois de muito estudo de como orientar a população em relação a uma alimentação saudável, foi criado a pirâmide alimentar. Nela têm-se a relação entre qualidade do alimento e a quantidade adequada para os mesmos obtendo uma alimentação mais rica em nutrientes saudáveis. Ela representa os grupos de alimentos, respeitando os hábitos alimentares de cada população. Com isso houveuma melhora na qualidade de vida da população.
http://www.scielo.br/pdf/rn/v12n1/v12n1a06.pdf
Exercício Físico
Fármacos
Xenical: é um inibidor da absorção intestinal agindo diretamente nas enzimas que digerem a gordura (lípases pancreáticas) assim bloqueando a absorção de +/- 30% da gordura. Como essa gordura não é digerida ela é absorvida pelo intestino e eliminada pelas fezes. Apesar de não agir sobre os carboidratos, ele age na gordura que esses formam ao longo de sua degradação. Com a eliminação de gordura pelas fezes, elas saem oleosas causando desconforto. Como as pessoas não querem obter esse desconforto, acabam se controlando para não ingerir muita gordura. Por não mexer com o Sistema Nervoso não causa dependência. Como uma parte da gordura é eliminada nas fezes, a absorção das vitaminas A, D, E e K é prejudicada pois essas só são solúveis em gorduras ( lipossolúveis ), precisando assim de uma suplementação
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Consequências da obesidade infanto-juvenil
A mais séria consequência ao excesso de peso na infância e adolescência é a progressiva incidência de obesidade na vida adulta. Estatísticas demonstram que crianças e adolescentes obesos serão candidatos à obesidade na vida adulta em proporção superior a 50%, isto é, cerca de metade dos obesos infanto-juvenis terão que lutar contra o excesso de peso durante a vida adulta.
Além disso, as crianças e adolescentes que ultrapassam a barreira de um Índice de Massa Corporal superior a 95% são considerados como candidatos às mesmas comorbidades que os adultos - alterações nas articulações (principalmente joelho e coluna), pedras na vesícula, alterações nas gorduras do sangue (colesterol elevado, HDL-colesterol (colesterol bom)) baixo e propensão para doenças coronarianas em idade relativamente jovem (30 - 40 anos).
Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/nutricao-homo-obesus/sem-categoria/obesidade-na-crianca-e-no-adolescente/
Obesidade...Um problema de saúde pública principalmente para crianças e adolescentes!
Nas duas últimas décadas, a obesidade tem se tornado um dos principais problemas de saúde pública entre crianças e adolescentes
No Brasil, alguns estudos pontuais têm demonstrado esse problema (Von Der Heyde, 1999; Ribeiro et al., 1998; Castro et al., 1999; Salles et al., 1999; Balaban & Silva, 2001), sendo que, em trabalhos realizados por nosso grupo nas cidades de São Paulo, Santos e Cotia, tem sido verificado que o excesso de peso está presente em 30% a 40% das crianças e em mais de 20% dos adolescentes.
Esse é um fato preocupante, uma vez que a obesidade normalmente está associada a algumas alterações metabólicas, tais como a hipertensão, a dislipidemia, a hiperinsulinemia e, mais recentemente, a diabete tipo II.
Embora muitos profissionais julguem conhecer os critérios antropométricos que estão sendo adotados para a avaliação da população jovem, tem sido observado um certo desconhecimento na interpretação dos resultados encontrados para essa população, sendo necessário, portanto, muita cautela, pois essa avaliação dependerá de vários fatores, como: idade, sexo, maturação sexual e gravidade da obesidade.
Atualmente considera-se que crianças e adolescentes estão com sobrepeso quando o índice de massa corporal (IMC) for > P85 e < P95, e com obesidade quando o IMC > P95, devendo sempre ser levado em consideração o sexo e a idade.
De acordo com Barlow e Dietz (1998), um Comitê de “Experts”,composto por médicos, enfermeiros e nutricionistas, propõe que crianças com IMC > P85 com complicações da obesidade (dislipidemia, hipertensão ou outra alteração) ou ainda aquelas com IMC>P95 com ou sem complicações devem ser submetidas à avaliação e tratamento.
Para as crianças e adolescentes que ainda estão na fase pré-púbere ou púbere, a restrição energética também não deveria ser tão intensa, uma vez que eles se beneficiarão com o crescimento, mas devem receber uma orientação nutricional adequada, com o intuito de não continuar ganhando muito peso corporal.
Nesse caso, é melhor fazer apenas algumas orientações, no sentido de modificar o comportamento alimentar, do que fazer dietas pré-estabelecidas. Embora alguns profissionais achem que, para crianças e adolescentes obesos, o importante é mudar a qualidade da dieta sem reduzir a quantidade, não é o que recomendamos na prática, pois, se conseguirmos alterar o comportamento alimentar da criança e do adolescente, o resultado em torno da perda de peso geralmente é bem satisfatório, podendo,em um segundo momento, melhorarmos a qualidade da dieta, que geralmente é insatisfatória para essas faixasetárias. A criança e o adolescente são muito resistentes às orientações nutricionais, principalmente quando imaginam que tudo aquilo que eles gostam passa a ser“proibido”, portanto, é preciso ganhar a confiança desse paciente para posteriormente propor alguma modificação qualitativa de sua dieta.
Para os adolescentes pós-púberes, em que o benefício do crescimento poderá ser muito pequeno ou não mais existir,o tratamento será mais restritivo e pode-se dizer que é particularmente semelhante ao do indivíduo adulto, no
qual poderão ser estabelecidas restrições de 1 a 3 kg por mês. Lembrar que restrições energéticas iguais ou acima de 4 kg estão associadas com a perda de massa magra, o que não é ideal para qualquer pessoa que esteja sendo submetida à dieta hipocalórica, principalmente em crianças e adolescentes em desenvolvimento.
% Gravidade do IMC P95 = (IMC atual/IMC P95) X 100
Esta avaliação é muito importante porque demonstra se houve ou não afastamento do grau da obesidade determinada pelo ponto de corte do IMC no percentil 95. Como para a criança e o adolescente não há critérios para estabelecer o grau da obesidade, propomos a adoção dos seguintes pontos de corte baseados na presença de alterações bioquímicas e metabólicas que temos observado em nossos pacientes:
Obesidade leve: valores do % de Gravidade do IMC P95 até 110%
Obesidade moderada: valores do % de Gravidade do IMC P95 de 111% a 120%
Obesidade grave: valores do % de Gravidade do IMC P95 acima de 120%
Estes pontos de corte estabelecem que, para a obesidade leve, moderada e grave, os valores percentuais estão até 10%, 11% a 20% e mais do que 20%, respectivamente, acima dos valores considerados para a classificação de obesidade.
Dessa forma,o nosso objetivo foi apresentar um pouco da nossa experiência vivenciada no Ambulatório de Obesidade, do Centrode Atendimento e Apoio ao Adolescenteda (UNIFESP), e assim poder oferecer um melhor direcionamento quanto à avaliação da criança e do adolescente obesos, para que medidas intervencionistas sejam adotadas cada vez mais precocemente e da forma mais adequada.
Tese de Doutorado - Universidade Federal de São Paulo/EPM]
FISBERG, M. Atualização em Obesidade Infantil e
adolescente. Editora Atheneu, São Paulo, 2004.
TANNER, JM - Growth and maturation during adolescence.
Nutr. Rev., 39(2): 43-55, 1981.
Fonte: http://www.abeso.org.br/revista/revista21/crianca.htm
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Pesquisa relaciona obesidade e envelhevimento mental
Estudos relacionados a obesidade e a área cognitiva trazem esperança de uma possível prevenção do envelhecimento mental. Um estudo feito por pesquisadores franceses , publicado na revista científica "Neurology", verificou que pessoas saudáveis, mas que estão acima do peso, têm mais dificuldade em recordar palavras. Isso demonstra que a obesidade pode ter efeito negativo na memória.
Estudos anteriores já haviam sugerido a relação existente entre obesidade e demência senil. Mas neste estudo mais recente os pesquisadores observaram uma forte relação entre o excesso de peso e algumas capacidades cognitivas num estágio mais precoce, numa população adulta de meia idade e em boas condições de saúde, por meio de testes que compararam o desempenho intelectual de pessoas com excesso de peso e peso normal.
Os pesquisadores fizeram uma coleta de dados ( como parte do estudo Visat – envelhecimento, saúde, trabalho)de 1996 a 2001, na qual analisaram o IMC, e o desemprenho em testes de memória, atenção e velocidade de tratamento das informações numa população de 2.223 homens e mulheres de 32 a 62 anos, com boa saúde.
Como já foi escrito no blog, o IMC (peso/altura²)é considerado “normal” quando oscila entre 18,5 e 24,9, e revela obesidade quando está acima de 30.
Durante os testes, num total de 16 palavras as pessoas com IMC igual a 20 lembravam em média de 9 palavras, enquanto aquelas cujo IMC era igual a 30 lembravam-se em média de 7 palavras. Logo, as performances das pessoas com índice de massa corporal elevado foram inferiores às dos indivíduos com IMC considerado normal. o excesso de peso ou a obesidade pareciam estar associados a uma leve diminuição da memória em 5 anos.
Segundo os pesquisadores a associação entre obesidade e habilidades intelectuais "poderia ser explicada pela ação de substâncias secretadas pelas células adiposas sobre o tecido neuronal ou pelas conseqüências vasculares da obesidade, já verificadas em algumas demências". Mas dizem que esses resultados precisam ser estudados a longo prazo.
Por fim, agir precocemente sobre os diferentes fatores desregulação do comportamento alimentar e do metabolismo poderá ser uma alternativa para se prevenir o envelhecimento mental.
Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia
sábado, 28 de novembro de 2009
Obesidade na infância e adolescência e suas consequências
Nos últimos 20 anos no Brasil aumento em 240% o numero de crianças e adolescentes obesos. Segundo uma pesquisa realizada pela Força Tarefa Latino-Americana de Obesidade, entidade que reúne as principais sociedades de combate ao excesso de peso na região, são 70 milhões de pessoas acima do peso.
Esse índice aumentado de obesos ou indivíduos com sobre peso acarreta em um aumento de despesas publicas com o tratamento d doenças decorrentes desse acumulo de gordura como AVC, ateroscleroses entre outras doenças. Sendo este gasto calculado em aproximadamente 1,5 milhões de reais que são tirados dos cofres públicos para o tratamento dos casos anteriormente descritos.
Consequências da obesidade infanto-juvenil:
A mais séria consequência ao excesso de peso na infância e adolescência é a progressiva incidência de obesidade na vida adulta. Estatísticas demonstram que crianças e adolescentes obesos serão candidatos à obesidade na vida adulta em proporção superior a 50%, isto é, cerca de metade dos obesos infanto-juvenis terão que lutar contra o excesso de peso durante a vida adulta.
Além disso, as crianças e adolescentes que ultrapassam a barreira de um Índice de Massa Corporal superior a 95% são considerados como candidatos às mesmas comorbidades que os adultos - alterações nas articulações (principalmente joelho e coluna), pedras na vesícula, alterações nas gorduras do sangue (colesterol elevado, HDL-colesterol (colesterol bom)) baixo e propensão para doenças coronarianas em idade relativamente jovem (30 - 40 anos).
Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/nutricao-homo-obesus/sem-categoria/obesidade-na-crianca-e-no-adolescente/
Reais causas da Obesidade e o Fator sedentarismo
O ser humano possui um complexo mecanismo controlador da Fome e da Saciedade que é estabelecido tanto na vida intrauterina como na fase pós-natal. Desde que haja aporte de suficiente de alimento na vida fetal este "termostato ou nutrostato" é perfeitamente regulado. Após ingerir comida suficiente - em qualidade e em quantidade - cessa o estímulo (fome) para continuar a refeição, estimulando-se a saciedade.
Na hipótese da criança, em gestação, receber poucos nutrientes vindos da mãe, passa a regular o seu "nutrostato" para a posição de fome continuamente. Terá alta probabilidade de ser obesa, na fase pós-nascimento, por ter fome constantemente. Na fase pós-natal o recém-nascido que foi amamentado por seis meses ou mais tem muito pouca chance de ser obeso comparativamente àqueles que não foram amamentados com leite materno. Fatores genéticos são importantes.
Muito recentemente verificou-se que boa parte das crianças obesas tem uma alteração em determinado gene (FTO = fator determinante de obesidade), que leva à fome compulsiva e predileção por alimentos de elevado teor calórico. O meio ambiente, é óbvio, tem um papel muito importante para que o gene se manifeste. Quando ambos os progenitores são gordos existe no ambiente doméstico uma valorização muito grande do fator "comida", quase sempre de elevado teor calórico. Frequentemente a família utiliza-se de fast-food, comidas pré-preparadas, refrigerantes, pipocas, salgadinhos, batatas fritas… Tudo isso acompanhado de horas de TV.
O fator sedentarismo
Há cerca de 30 ou 40 anos, a imensa maioria da garotada corria atrás de balões, jogava bola na rua ou em terrenos baldios, andava de bicicleta, empinava-se pipas, nadava nas piscinas, nos lagos, nos riachos. Hoje, após as aulas e os deveres escolares, a criança e o adolescente vão direto ao computador (se tiver), ou à televisão. Os jogos eletrônicos atraem a garotada como mel atrai moscas. Os jogos acoplados à tela fazem com que o adolescente fique horas e horas sentado, com o gasto energético mínimo.
Os aparelhos portáteis (game-boy, DS, PSP) levam o adolescente a deitar-se no sofá, onde, por horas a fio, afasta-se do mundo, hipnotizado pelo jogo eletrônico. Existe uma correlação nítida entre ganho de peso e tempo dedicado à televisão/jogos eletrônicos. Quanto maior o número de horas na tela, maior o ganho de peso.
fonte: http://veja.abril.com.br/blog/nutricao-homo-obesus/sem-categoria/obesidade-na-crianca-e-no-adolescente/
Obesidade mórbida
Obesidade mórbida:
É uma doença em que há excesso de energia armazenada sob forma de gordura. O parâmetro mais utilizado para mensuração da obesidade é o Índice de Massa Corporal (IMC). A obesidade é mórbida é estabelecida quando o IMC é superior a 40 kg/m2 A Obesidade Mórbida está associada com vários problemas médicos que atualmente são bem conhecidos. O aumento de peso está diretamente relacionado com um aumento da mortalidade. (em média 45kg acima do peso ideal). O excesso de peso decorrente de aumento da massa muscular ou edema (inchaço), não constituem obesidade
IMC (Índice de Massa Corporal) = Peso ( Kg )
Altura 2 ( m2 )
Escala de Peso (adultos) IMC (índice de massa corporal)
Abaixo do Peso abaixo de 18,5 kg/m2
Peso normal 18,5 a 24,9 kg/m2
Sobrepeso de 25 a 29,9 kg/m2
Obesidade média de 30 a 34,9 kg/m2
severa de 35 a 39,9 kg/m2
mórbida 40 kg/m2 ou mais
Super Obesidade 50 Kg/m2 ou mais
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Cirurgia Bariátrica
- Bypass Gástrico: é a técnica mais utilizada. Nela o estômago do paciente é reduzido para 20 ml assim impedindo-o de comer rápido e consequentemente ingerindo menos alimento. O intestino delgado também é modificado. A sua primeira parte, duodeno e jejuno proximal, é retirado, pois é ai que o alimento tem sua maior absorção. Com o caminho diminuído, o alimento logo chega ao íleo terminal que produzirá um hormônio que será levado pelo sangue até o cérebro (hipotálamo) dando a sensação de saciedade. Dessa forma o alimento não será a principal forma de prazer, pois o paciente não sentirá fome reduzindo a quantidade de alimento ingerido. O paciente perde cerca de 40 a 45% de peso e não tem muitos efeitos colaterais como diarréia e vômitos. Apesar de não apresentar esses efeitos colaterais, pode haver problemas como a anemia e a osteoporose e para reverter essa situação tem-se que ingerir vitaminas, ferro e minerais. Geralmente há uma melhora e até cura na diabete tipo 2 através do aumento na produção de insulina.
- Banda Gástrica Ajustável: é colocada uma cinta inflável ajustável em volta do estômago promovendo um estreitamento que dificulta a passagem do alimento. O paciente terá a sensação de saciedade pela sensação de estar “cheio”. Essa é uma técnica que precisa de bastante cuidado, pois nela o paciente não deixará de ter fome, os nutrientes continuam a ser absorvidos e não chega à parte do íleo terminal onde é produzido a hormônio da saciedade. Assim o paciente começa a se alimentar de alimentos fáceis de serem ingeridos como os carboidratos. Há cerca de 20% de perda de peso. Os efeitos colaterais apresentados são freqüentes vômitos, e esofagite de refluxo causado pelo refluxo de ácidos do estômago para o esôfago.
- Scopinaro e Duodenal Switch: são técnicas de dissabsoção. O objetivo é que o alimento passe por apenas 30% do tubo digestório. Nesse caminho há uma dificuldade de absorção de carboidratos e gorduras. As proteínas, como precisam passar apenas em 4m do intestino para ser absorvido, não são prejudicadas. Quando o paciente consome gordura, ele terá diarréia com fortes odores. O paciente perde cerca de 50% do peso. Os efeitos colaterais dessas técnicas são cirrose hepática e desnutrição.
http://www.francoerizzi.com.br/cirurgia_bariatrica.htm
Falência das células beta
Relação gasto/consumo de energia
A obesidade decorre da ingestão muito elevada de alimentos para a quantidade de exercício diário. É importante lembrar que a ingestão excessiva de energia ocorre apenas durante a fase de desenvolvimento da obesidade. Após a pessoa ficar obesa para que ela permaneça assim o aporte de energia poderá ser igual ao consumo energético. ( por isso muitas vezes você verá uma pessoa obesa que come o mesmo tanto que uma pessoa não obesa, levando em consideração o conteúdo energético. Assim, para reverter a situação, o gasto energético deverá ser maior que o consumo.
O aumento mais acentuado que ocorre na utilização dos lipídios talvez seja o observado durante EXERCÍCIOS VIGOROSOS. Isso decorre da liberação rápida de EPINEFRINA e NOREPINEFRINA durante o exercício como conseqüência da estimulação simpática. Esses dois hormônios ativam a Lipase triglicerídia sensível a hormônios, que está presente em abundância nas células adiposas. Essa enzima ativada causa, então, a rápida decomposição dos triglicerídeos e o aumento da concentração dos ácido graxos.
Obs: em condições normais a intensidade da ingestão é regulada proporcionalmente às reservas corporais de nutrientes.
sábado, 7 de novembro de 2009
Bioquímica na produção dos hormônios tireoidianos
A tireoglobulina, com os hormônios já sintetizados, sofre pinocitose e ação de enzimas proteolíticas, que a fragmenta e faz com que os hormônios T3 e T4 sejam liberados no citoplasma e após na circulação, atingindo as células onde irão atuar. Sob esse estímulo hormonal, as células do corpo aumentam seu trabalho, sintetizam mais proteínas, consomem mais nutrientes e oxigênio, produzem mais gaz carbônico, etc. O hipertioreoidismo e o hipotireoidismo atingem praticamente todos os tecidos do organismo, fazendo com que haja sérios efeitos em cada um deles. Para o hipertireoidismo, temos como exemplo:
- Ansiedade, cansaço ou insônia.
- Tremores.
- Aumento da sudação.
- Falta de fôlego (falta de ar).
- Dificuldade em enxergar com nitidez.
- Diminuição do peso.
- Inchação da glândula tireóide (bócio).
- Intolerância ao calor.
- Taquicardia.
- Aumento do apetite.
- Diarréia.
Para o hipotireoidismo:
- fraqueza e cansaço,
- intolerância ao frio,
- intestino preso,
- ganho de peso,
- depressão,
- dor muscular e nas articulações,
- unhas finas e quebradiças,
- enfraquecimento do cabelo,
-palidez.
A secreção dos hormônios tireoideanos é controlada pelo hormônio hipofisário tireotropina (TSH): Um aumento na liberação de TSH pela adeno-hipófise atua para maior captação dos íons iodeto, promovendo mais síntese de T3 e T4. A secreção de TSH, por sua vez, é estimulada pelo fator de liberação da tireotropina (TRF), produzida pelo hipotálamo. “Ocorre um mecanismo de feed-back negativo no controle de secreção dos hormônios tireoideanos: na medida em que ocorre um aumento na secreção dos hormônios T3 e T4, o metabolismo celular aumenta. Este aumento promove, a nível de hipotálamo, redução na secreção de TRF, o que provoca, como consequência, uma redução na secreção de TSH pela adeno-hipófise e, consequentemente, redução de T3 e T4 pela tireóide, reduzindo o metabolismo basal celular” (http://www.geocities.com/).
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Obesidade:mal do século XXI
Obesidade foi considerada pela Organização Mundial de Saúde uma epidemia mundial. Segundo a OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde), a obesidade na faixa etária de crianças e adolescentes cresceu sem precedentes nos últimos anos, sendo mais frequente que a desnutrição.
Obesidade é uma doença crônica, ou seja, se adquire ao longo da vida, e esta relacionada a influencias internas como genética, pessoais como problemas psicológicos, depressão, comportamentos ou mesmo a fatores externos como clima e ambiente onde o individuo vive e a sociedade onde esta inserido. A obesidade é estabelecida no organismo pelo acumulo de gordura através do tecido adiposo do individuo, que por sua vez está diretamente ligado ao aumento da ingestão de alimentos com um gasto energético menor, assim o organismo armazena energia em forma de gordura, aumentando assim a massa de tecido adiposo.
A partir do cálculo do IMC(Índice de Massa Corporal), pode-se considerar, com base no resultado pessoal comparado com uma tabela padrão, se a pessoa é ou não obeso e qual é o seu tipo ou nível de obesidade. Uma pessoa considerada obesa deve ter no mínimo 20% a mais do que o recomendado para sua altura. O calculo do IMC é feito pela seguinte formula:
IMC = Peso (kg) / Altura2 (m2)
A obesidade como doençao crônica pode ser prevenida pela ingestão de uma dieta adequada desde a infância, junto com o hábito de praticar regularmente atividades físicas que deve ser cultivado desde quando o individuo é jovem e manter também a estrutura familiar e pessoal para evitar alterações no organismo.
Histologia do Tecido Adiposo
Sua principal função é,assim como dito anteriormente, o armazenamento de gordura com a finalidade de reserva energética, além de também de ter funcionalidade como isolante térmico e ainda ser uma camada protetora dos órgãos internos contra choques mecânicos, uma vez que está presente na derme formando a hipoderme.
Outra característica do tecido adiposo com pouca ênfase popular, é que este tecido também tem a capacidade de produzir hormônios como a leptina, que quando presente em excesso envia "mensagens" ao cérebro para que reduza o apetite do indivíduo. A obesidade pode estar relacionada ao não reconhecimento dos estímulos provocados pela leptina ou pela má secreção ao baixa produção deste hormônio. É também secretor de enzimas e peptídeos bioativos com ação local e a distância.
Quando o animal possue um gasto energético menor que o seu valor energético total, o organismo começa a armazenar o que "sobra" de energia em forma de gordura no seu tecido adiposo, podendo levar esse indivíduo a um excesso de peso. Este excesso de peso pode causar complicações morfofuncionais e resultar em patologias que afetem diretamente órgãos essenciais para a vida do indivíduo, como coração, rins e pulmões por exemplo.
O tecido adiposo é encontrado no organismos em duas formas: tecido adiposo branco ou unilocular, e tecido adiposo pardo/marrom ou multilocular (pouco encontrado em humanos e altamente presente em ratos - por exemplo e animais que hibernam).
O tecido adiposo branco/unilocular possui células em formato esférico, com muita lípideo armazenado no seu interior. Há neste tecido uma grande vascularização e também, em torno de suas células, redes de fibras reticulares, sustentando a massa de gordura. Este tipo forma os panículos adiposos (absorção de impactos e isolante térmico).
Por sua vez, o tecido adiposo marrom/multilocular tem suas células menores que as do tecido adiposo branco e nelas há vacúolos(gotículas de gordura) espalhados pelo citoplasma,e é rico em mitocôndrias. Nos seres humanos tem maior importância nos recém-nascidos, com função de isolante térmico, sendo produzidos apenas no período fetal, e com produção inibida a partir do nascimento ou período pós-natal. Sua coloração castanhas é devido a vascularização e a abundante presença de mitocôndrias, que geram energia mais rápido que o tecido unilocular.
domingo, 1 de novembro de 2009
Dietas hipocalóricas com redução de macronutrientes
- Dieta de Atkins: È uma dieta dividida em quatro partes: a primeira, chamada indução, é a principal. Reduz drasticamente a quantidade de carboidrato para 20g diárias que devem ser ingeridas de vegetais e saladas. Nessa fase a perda de peso é muito grande podendo estimular a pessoa a continuar com a dieta; dura 14 dias. Antes de ir para a segunda, chamada perda de peso contínua, seria necessário fazer exames laboratoriais para a análise do perfil lipídico, assim se fosse observado o aumento do colesterol total e do LDL, teria que haver a substituição da gordura saturada pela insaturada. Nessa fase a quantidade de carboidrato já aumenta para 30g diárias, o que ainda continua muito abaixo do normal. Na terceira fase, chamada pré-manutenção, o indivíduo pode reduzir ou manter o peso e a quantidade de carboidrato sobe para 45g diárias. Na última fase, a manutenção, a quantidade de carboidrato pode chegar à até 60g diárias dependendo do indivíduo. Nessa fase a parte importante é a manutenção do peso. Se ultrapassar 2,5 kg a dieta deve ser reiniciada. A quantidade de carboidrato é diminuída, pois, o carboidrato é considerado um vilão, por, favorecer a produção de insulina que inibe a lipólise favorecendo um aumento da quantidade de gordura (triacilglicerol) e a retenção de água.
-Dieta do princípio de Schwarzbein: é uma dieta com baixas quantidades de carboidratos e altas de proteínas. De acordo com a endocrinologista Schwarzbein, essa dosagem controla a insulina. Altos níveis de insulina fazem com que várias doenças ocorram além de pararem o metabolismo e acelerarem o processo de envelhecimento. Ela monta um cardápio com quantidades certas de consumo de cada macronutrientes (proteínas, lipídeos e carboidratos) assim equilibrando os sistemas hormonais do corpo.
-Dieta do ponto Z: de acordo com o fundador do ponto Z, o Dr. Sears, a ingestão de 40% de carboidratos, 30% de proteínas e 30% de gordura é suficiente para se manter uma vida saudável e perder peso. Diz que com essa dieta se queima gordura além de ajudar a combater doenças cardíacas, diabetes entre outras coisas. Recomenda 5 refeições diárias. Geralmente a dieta fornece 800 a 1200 kcal diários.
-Dieta de South Beach: Agatston, cardiologista que desenvolveu essa dieta, culpa os carboidratos de estimularem a compulsão alimentar e controlando essa compulsão virá a perda de peso. Então na sua dieta há três fases. A primeira elimina a quantidade de carboidratos da dieta assim purificando o corpo. Dura duas semanas. Na segunda fase, já é permitido pequenas quantidades de carboidratos, observando o peso e como a pessoa se sente. Os carboidratos liberados nessa fase são os com baixo índice glicêmico (grãos integrais, iogurte integral e algumas frutas). Quando o peso desejado for alcançado, à terceira fase, manutenção de peso, pode entrar em ação. Nela são liberados alguns alimentos, mas se houver um aumento de peso deve-se reiniciar a dieta.
A perda de peso adquirida nessas dietas vem do fato de o corpo não está recebendo fontes suficientes de energia que são os carboidratos. Então, o metabolismo começa a degradar os ácidos graxos (gordura) presente no corpo obtendo-se energia e sendo eliminados pela urina. Além de decompor a gordura, decompõem-se também os músculos que leva à perda de água. Assim muito do peso perdido é água e tecido muscular. Os efeitos colaterais que podem ser causadas por essas dietas são: náuseas, dores de cabeça, mau hálito causado pelo acúmulo de cetonas no corpo, fadiga. Com o tempo pode-se causar descalcificação dos ossos e sobrecarga no fígado e rins pela alta ingestão de proteínas.
Falando um pouco mais sobre a bioquímica, os corpos cetônicos que causam o mau hálito são elevados nessas dietas, pois a degradação de triacilgliceróis (gordura) não é acompanhada pela degradação de carboidratos. Na ausência de carboidrato há uma queda na produção de piruvato que irá se converter a oxaloacetato. Assim o organismo lança mão da gliconeogênese (formação de glicose) que consome o oxaloacetado obtido de aminiácidos. Com isso a oxidação do acetil-CoA (resultado da oxidação da forma ativa dos ácidos graxos que é o acil-CoA) pelo ciclo de Krebs fica impedida. Acumula-se então esse composto que se condensa formando os corpos cetônicos.
A melhor maneira para se tratar da obesidade com saúde é seguir uma rotina alimentar e física. A reeducação alimentar e o exercício físico fazem parte dessa rotina, pois, são os principais fatores que devem ser considerados para combater essa doença.
Referências:
http://www.abeso.org.br/revista/revista7/dieta.htm
http://saude.hsw.uol.com.br/como-perder-peso-com-uma-dieta-de-baixos-carboidratos.htm
Sono e a obesidade
Endocrinologicamente é correto dizer que a redução do tempo de dormir aumenta os níveis de grelina circulante e diminui a concentração de leptina. Essa disfunção hormonal sinaliza ao corpo que há uma diminuição da saciedade e, conseqüentemente, um aumento da fome. As escolhas alimentares também são modificadas, e geralmente alimentos mais calóricos são escolhidos.
Outra evidência que foi constatada nos estudos revela que o maior tempo acordado leva a um aumento da sonolência, cansaço e inapetência. Estes resultados têm de ser comparados com os níveis de atividade física os quais, na maioria das vezes, é baixo ou inexistente.
A pesquisa pela busca da relação entre a obesidade e o sono é muito recente, por isso muitos estudos ainda tem de ser realizados. Porém pode-se concluir que um tempo adequado de sono e uma alimentação saudável são, sem dúvida, maneiras corretas de se buscar uma melhor qualidade de vida.
Curiosidade
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Antipsicóticos e Obesidade- Notícia do Correio Brasiliense
No correio Brasiliense de ontem (28 de outubro de 2009) Saiu uma reportagem sobre “Os riscos dos antipsicóticos em jovens” com o seguinte comentário: “Pesquisa revela que remédios para distúrbios mentais podem provocar alterações metabólicas severas, como ganho de peso e aumento do colesterol, em crianças e adolescentes”. Aqui estão algumas informações sobre esta reportagem que considerei relevante para o blog Bioquímica da Obesidade:
O antipsicóticos, que são usados para o tratamento de distúrbios mentais, podem causar doenças graves em crianças e adolescentes. Um estudo veiculado ontem pelo “Jornal of the American Medical Association” constatou que, assim como ocorre com adultos, os pacientes jovens medicados com essas drogas ganham rapidamente peso e massa gorda, além de sofrer uma série de alterações metabólicas, como aumento do colesterol e diminuição da insulina.
A pesquisa foi liderada pelo psiquiatra Christoph U. Correl, do Zucker Hillside Hospital, em Nova York. Ele acompanhou 505 pacientes de 4 a 19 anos (que tomavam antipsicóticos a menos de uma semana) do ano 2001 a 2007, analisando assim os efeitos dessas drogas.
O ganho inapropriado de peso, obesidade, hipertensão e anomalias na glicose e nos lipídeos são problemática no período de crescimento, porque predeterminam a OBESIDADE na idade adulta, além da SÍNDROME METABÓLICA e outros problemas como morbidades cardiovasculares.
A reportagem diz: “Além do peso, o estudo verificou, depois de 12 semanas de ingestão dos medicamentos, as diferenças nas taxas metabólicas e comparou os dados com os de um grupo de crianças e adolescentes que não tomaram os remédios”
As tabelas abaixo constam também no jornal (com algumas modificações):
Obs: Depois de 12 semanas:
*o ganho de peso nos jovens que tomaram Olanzapina foi o mais alto. Eles ficaram 8,54Kg mais gordos, enquanto os que não recebberam tratamento tiveram um aumento de 0,19Kg.
Tais substâncias também proporcionaram um aumento da circunferência abdominal é utilizado para se analisar a predisposição que uma pessoa tem a várias doenças, como a hipertensão.
*droga que causa maiores danos a saúde: Olanzapina
droga que causa menores danos a saúde: Aripiprazol
O gráfico abaixo mostra a variação da glicose, insulina, colesterol total e triglicerídeos em Mg/dL:
Analisando tais resultados, o diretor clínico do Seattle Children’s Hospital, Christopher Varley diz ser necessária uma dieta ou mesmo medicamento para diminuir a tendência de ganho de peso. Alguns médicos alertam para a impotância do exercícios físico para ajudar a reverter os efeitos do aumento de peso e gordura localizada.
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Insulina - o que pode-se dizer sobre a Diabetes
Falando um pouco sobre alguns hormônios relacionados à obesidade, temos a Insulina, um hormônio produzido no interior do pâncreas (figura 1 - http://www.medicinageriatrica.com.br/2008/07/01/saude-geriatria/insulina-producao-e-acoes/) e que é responsável por regular a quantidade de glicose presente fora e dentro do organismo. Um diabético, por exemplo, possui deficiência nesse hormônio, sendo que a glicose não consegue penetrar nas células, ficando pela circulação. A Insulina também atinge outras áreas do corpo: influencia no armazenamento de glicose nas células musculares e do fígado, na síntese (formação) de triglicerídeos (gordura) no tecido adiposo, na captura para melhor absorção de aminoácidos, podendo até influenciar no DNA a favor do crescimento celular. Estudos recentes mostram que a insulina pode ser produzida por células da pele reprogramadas, pertencentes à pacientes de Diabetes tipo I. “O feito foi obtido por uma equipe liderada por Douglas Melton, do Instituto de Células-Tronco de Harvard, EUA. O grupo usou as chamadas células iPS, as células-tronco "éticas", cuja produção não demanda a destruição de embriões humanos. Melton e seus colegas extraíram células da pele de dois diabéticos e converteram-nas em células-tronco com a ajuda de três genes. As células resultantes, por sua vez, foram convertidas em células beta, do pâncreas", publica o site http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u617744.shtml. O sistema imunológico dos portadores de Diabetes tipo I, porém, rejeita e destrói essas células beta produtoras de insulina. Ninguém sabe ainda como e nem por quê isso acontece, mas já é um grande passo para se conhecer o porquê da rejeição às células pancreáticas. Outro ponto positivo, apesar da pouca eficiência nessa reprogramação das células iPS, é que essas capturam o genótipo da doença numa célula-tronco. São estudos ainda com longínqua conclusão, mas podem servir de importante ponto de partida para uma possível cura de alguns tipos da Diabetes, uma doença que pode ser causada ou causar a obesidade; estudos que serão publicados mais pra frente. Lembrando, que fatores genéticos transcricionais, bem como fatores ambientais relacionados ao estilo de vida das pessoas (obesidade, sedentarismo e infecções), provocam distúrbios na síntese deste hormônio, comprometendo o organismo e desregulando a taxa de glicose no sangue.
(célula da pele que, se reprogramada, pode virar uma célula-tronco)http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u617744.shtml.
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Doenças relacionas à obesidade
O termo obesidade tem sido cada vez mais utilizado para se referir ao excesso de peso. Porém a obesidade é uma doença em que há um aumento excessivo do acúmulo de gordura levando o indivíduo a sérios problemas de saúde ou a morte. Embora seja uma doença individual, a discussão sobre obesidade já vem se tornando ampla dentro da saúde pública.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 115 milhões de pessoas sofrem com doenças relacionas obesidade nos países desenvolvidos. Denomina-se síndrome metabólica o conjunto de três ou mais doenças associadas à obesidade. O tratamento da síndrome metabólica é feito a partir da eliminação de peso, práticas de atividade física e, em alguns casos, com o uso de medicamentos.
As doenças mais conhecidas que são relacionadas com a obesidade são a diabetes mellitus(tipo 2), hipertensão arterial, acidente vascular cerebral, infarto do miocárdio, problemas respiratórios e morte prematura.
O indivíduo obeso tem uma probabilidade de desenvolver a diabetes três vezes maior que um indivíduo com peso normal. O aumento de açúcar no sangue promove, com o tempo, uma resistência das células a insulina, diminuindo a absorção da glicose. Estudos comprovam que o aumento da glicemia está diretamente relacionado com o aumento do IMC e a resistência a insulina.
A relação entre hipertensão e obesidade vem sendo estudada há muito tempo. Calcula-se que para cada kg ganho de peso a pressão arterial sistólica se eleva 1 mmHg. A hipertensão deve ser cuidada o mais rápido possível, pois a sobrecarga exigida do coração pode levar a morte, muitas vezes pelo infarto do miocárdio. Uma conseqüência grave que pode vir a ocorrer é o acidente vascular cerebral, em que na maioria dos casos deixa graves lesões irreparáveis no indivíduo.
Devido aos diversos riscos à saúde causados pela obesidade, cada vez mais, se observa à morte prematura de pessoas com excesso de peso. O sedentarismo é aliado ao desenvolvimento de doenças crônicas que levam a um estilo de vida mais lento. A falta de atividade física é um dos fatores que contribuem para o agravo destas doenças e, seguindo este caminho, a morte prematura.
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Local mais propício para o acúmulo de gordura e alguns hormônios relacionados a obesidade
A atual abundância de comida tem estimulado muitas pessoas a comer mais do que necessitam, isso, em combinação com a redução nos níveis de atividades físicas, observada nas sociedades industrializadas, resultou em uma tendência para a deposição continuada de gordura. Pesquisas mostram que a obesidade em crianças triplicou nas últimas décadas e que há no mundo mais indivíduos obesos do que subnutridos . A Obesidade caracteriza-se por um acúmulo de excesso de gordura corporal, ela resulta de uma ingestão de energia que supera o gasto energético.
O depósito de gordura pode ser analisado bioquímicamente. As células adiposas abdominais são muito maiores e apresentam uma taxa de renovação de gordura mais alta que as células adiposas da região do quadril. Os adipócitos abdominais também respondem mais a hormônios do que células adiposas das pernas e nádegas. Substâncias liberadas a partir da gordura abdominal são absorvidas pela veia porta tendo assim acesso direto ao fígado.
POR FALAR EM HORMÔNIOS: alguns hormônios influenciam a obesidade. Um exemplo disso é a regulação do apetite, que é influenciado por sinais (aferentes) que chegam ao hipotálamo determinando a liberação de peptídeos hipotalâmicos e ativando sinais neurais como resposta (eferentes).
Hormônios do tecido adiposo
O tecido adiposo não serve apenas para armazenar gordura. Esta é a sua principal função, mas tal tecido funciona também como uma célula endócrina, que libera muitas moléculas regulatórias, tais como leptina, adiponectina e resistina.
Leptina
A Leptina é produzida proporcionalmente à massa do adipócito informando ao encéfalo sobre o nível dos depósitos de gordura. Ela é secretada pelos adipócitos e atua no hipotálamo, regulando a quantidade de gordura corporal por meio do controle do apetite e gasto de energia. A leptina é mais secretada quando a pessoa se alimenta e menos secretada quando em estado de jejum. O efeito da leptina em humanos é a diminuição do apetite e aumento da taxa metabólica. Ela pode aumentar a atividade do FSH e do LH.
Adiponectina
Resistina
Outros hormônios que influenciam a obesidade
Grelina - “é um peptídeo secretado principalmente pelo estômago. É o único hormônio estimulador do apetite conhecido. A injeção de grelina aumenta, a curto prazo, a ingestão de alimento em roedores e pode diminuir o gasto energético e o catabolismo de gorduras. Peptídeos liberados do intestino após a ingestão de uma refeição, como a colecistocinina, podem atuar como sinais de saciedade no encéfalo.
domingo, 18 de outubro de 2009
Obesidade
Post de Boas-Vindas
sejam muito bem-vindos ao nosso blog de Bioquimica da Obesidade!
Nele abordaremos informações sobre esse mal que afeta milhares de pessoas como: as causas da obesidade, os problemas que ela pode trazer para o organismo humano, as formas de desenvolvimento da doença, como combatê-la, os hormônios relacionados, entre outras coisas. Também mostraremos como calcular o Indice de Massa Corporal (IMC) para avaliar o nível de gordura de cada pessoa mostrando para tanto como deve ser o IMC de um indivíduo eutrófico. Mostraremos também como deve ser calculado o Peso Ideal e a quantidade de calorias ingeridas diariamente. Deixaremos também alguns sites disponíveis que poderão trazer muitas outras informações.
Nós achamos o conteúdo muito interessante e desde o início já tem nos acrescentado muito. As informações sobre o tema são essenciais para uma vida saudável e eutrófica, portanto, espero que vocês gostem e que as informações oferecidas ajudem ou acrescente algo na vida de vocês.
Abraços!